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Vivendo entre mundos

O universo da bruxaria

Vivendo entre mundos

O universo da bruxaria

Na Arte sempre nos referimos à existência de mundos paralelos ao nosso e que é no limiar entre eles que a magia ocorre.
Então vamos explicar melhor que mundos são estes.
Antes, é bom lembrar que, sendo a Wicca uma religião xamânica, compartilha com outras religiões xamânicas características comuns, advindas de uma religiosidade natural afloram, com padrões similares, em culturas que não tiveram contato entre si, demonstrando, claramente, o elo espiritual comum. Em todas ouvimos relatos da existência destes Mundos, pelo menos 3 (com subdivisões), e atribuições próprias: mundo superior, médio e inferior ou submundo, sem que isto represente uma hierarquia, mas sim, uma localização.
Aliás, dentro das tradições xamânicas a ideia de bem /mal, superior/inferior tem conotação totalmente diferente das religiões de origem judaico-cristãs e, é bom que se abstraia dos valores destas religiões para que se possa entender o verdadeiro sentido destes mundos.
Da má compreensão destes conceitos veio a associação da bruxaria com satanismo e ao mal, uma leitura equivocada destas religiões das forças da Natureza, que são neutras, atribuindo o mal àquilo que não entendiam.
Então, primeiro vamos definir dois conceitos: LUZ e SOMBRA, luz correspondendo à consciência e tudo o que traga lucidez e, sombra à inconsciência e tu do o que traga a inconsciência.
Nós bruxos possuímos um Livro das Sombras, para nele registrarmos nossa evolução, pois aquilo que já é consciente é parte do cotidiano, são nossos talentos já desenvolvidos, das sobras trazemos aqueles que pretendemos desenvolver.
Outra diferença em relação às outras religiões, que é importante que seja esclarecida é o pressuposto que enquanto as outras estimulam seus fiéis a que se conformem com a mediocridade, relegando às forças do Bem e do Mal a disputa pela primazia em suas vidas, restando-lhes uma condição de joguetes destas forças sem um propósito definido a não se de que se seguirem direitinho as regras terão uma vida melhor após a morte; na Wicca , partimos do pressuposto de que só existe uma possibilidade , a evolução, que pode ser um opção voluntária(a nossa), ou não , quando aparecem aquilo que chamam de “mal” , na aparência de sofrimento e obstáculos, instrumentos que as próprias forças evolutivas usam para nos impulsionar, sempre que estejamos resistentes `a evolução.
Assim, se a evolução é uma meta inexorável, é mais inteligente (nós entendemos), ir a favor dela e não contra.
Desta forma, nós dizemos que nos bruxas/os buscamos ser donos de nosso bem e de nosso mal, conhecendo nossos talentos e expressando-os e trabalhando nossas fraquezas, para que outros não se apossem delas e nos façam reféns. Ou seja, eliminamos a possibilidade da projeção da sombra, assumindo a responsabilidade de desenvolver (trazer à luz), nossos aspectos sombrios e, a este processo, chamamos de desenvolvimento da personalidade mágica, através do qual saímos da mediocridade e expressamos nossos potenciais únicos, cada vez mais especiais (mágicos).
Temos consciência de termos potenciais divinos ilimitados por consideramo-nos parte desta energia criadora, cabendo a nós o papel de expressar cada vez mais e melhor este potencial, o processo de evolução.
E os mundos?
Bem chamamos de Mundo Médio, parte físico, parte astral, o que vivemos, a realidade percebida pelos sentidos, incluindo os espíritos desencarnados e da Natureza, que na verdade também é físico mas com diferente densidade.É o nosso campo de atuação.
O Mundo Superior é o Universo da consciência plena, com níveis até os divinos.
Os Mundos Inferiores ou Submundo é o universo das Sombras, do oculto, por que dele temos pouco entendimento. Tememos por isso, não podemos visitá-los sem deles trazermos desafios a serem trabalhados, neles confrontamos nossas fraquezas. É mais ou menos como se, não tendo mais o que fazer, decidirmos espionar a casa do vizinho que ,repreendendo, exige que o ajudemos na faxina, com a diferença de que é a nossa própria casa que apenas está sob a supervisão de guardiões que , aos pouco , vão nos passando mais tarefas.
E como são vistos os seres de cada um destes mundos?
Como os Mundos superiores são para onde nos encaminhamos, os seres destes são receptivos e benevolentes, pois se estamos dirigindo a atenção a eles é por que almejamos o progresso e isto os deixa felizes, porém eles pouco podem fazer por nós, só trazem entendimento, isto quando nós estamos receptivos a ele. Tente se lembrar do como invejávamos os alunos do colegial que teriam mais liberdade e tudo mais quando éramos crianças que, se pedíssemos para frequentar as aulas deles, poderiam até deixar, mas não acompanharíamos e ainda poderíamos tumultuar as aulas deles.
Nós habitamos o Mundo Médio por que nele precisamos desenvolver nossa identidade, nossas habilidades únicas, aprender a discernir o nosso caminho enquanto estamos difusos no meio de um contexto sócio-cultural de um tempo, encontrar o nosso Espírito que sempre foi e sempre será e expressarmos ele no Mundo físico. Assim, o cotidiano nos traz desafios e confrontações para lapidarmos o material bruto que vamos resgatando dos planos inferiores.
No mundo médio temos os ser mais ou menos do mesmo padrão de evolução nosso, quer encarnados ou não quer dispostos a colaborar ou não, que se aliam a nós por identidade de vibração energética.
Nota: Para nós bruxos/as não existe hierarquia quanto aos reinos, algumas vertentes esotéricas consideram o homem o topo da cadeia evolutiva, nós sabemos que o espírito Divino está presente em tudo, e se expressa em formas diferentes, mas com possibilidade de identidade, consciência livre – arbítrio e tudo mais.
No Mundo Inferior, que também tem diversos níveis estão nossas riquezas, assim como no subsolo encontramos pedras preciosas, ouro e petróleo, os assuntos que o Submundo rege também são bens a serem lapidados e refinados para terem utilidade.
Como é o Universo daquilo que desconhecemos, abriga algum perigo (como a eletricidade pode dar choque em quem não saiba lidar com ela, o petróleo incendiar etc.), seus Guardiões são como idosos e diretores de escola, controlando a entrada e o acesso às riquezas deste mundo aos que estejam preparados, que tenham dado provas de seriedade, cuidado, respeito. Parecem austeros, rígidos, do ponto de vista cristão, mas o são por que seu mundo não é brincadeira, são assuntos poderosos que não podem cair em mãos frívolas.
Do submundo vem a noção do definitivo da morte do poder, do sexo como poder criativo, transformação e transmutação.
Podemos dizer que exista uma equivalência com os chacras, os superiores relacionados ao mundo Superior, os Intermediários ao Mundo Médio e o inferior ao Submundo,
Assim, quando falamos em Submundo não estamos nos referindo a Trevas embora elas também pertençam a ele na acepção de ignorância.
E o Mal?
O mal dos cristãos e religiões patriarcais é o nome dado ao que gera sofrimento e cria obstáculos e desafios, para nós são forças evolutivas trabalhando a nosso favor, embora prefiramos optar por evoluir sem dor.
O mais próximo que entendemos por danação é a dor do remorso quando o espírito percebe que levou uma existência em vão e dura o tempo de se aceitar uma nova oportunidade.
Assim, a opção dos bruxos é uma vida caminhando entre mundos, buscando entendimento e orientação nos superiores, contando com a ajuda dos iguais no médio e obtendo recursos nos inferiores para nos desenvolver.
Marília de Abreu
www.wiccaciadasbruxas.com.br  Whatsapp:55943460428

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