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INICIAÇÃO: a volta para casa…

O processo iniciático, tão desejado e discutido por aspirantes de diversas crenças, não é algo desconhecido, pois se idealiza nele uma ´nova vida terrena´, cheia de significados e bênçãos… ERRADO!

sincronizar-se com ciclos lunares

 

Conhecimento não é sabedoria, e banho de piscina, lagoa, barrica não faz muita diferença, é um ato MECÂNICO apenas, mesmo que fornecido pela comunidade religiosa. Então, esqueçam o manto sagrado, a coroa, o cetro,as fotos e tudo mais… A INICIAÇÃO é o culminar de um processo longo de autoconhecimento, onde são revistas ORIGEM, CAMINHO e META do ser… Ele tem, então, a partir dali, uma visão clara de quem ele é o que pode erguer na terra.

Sem esses três pontos de apoio: origem, caminho e meta, não se equilibra um plano de nova consciência, ou melhor, amplificação de consciência. É como se o neófito, estando em uma floresta, subisse em uma montanha e conseguisse vislumbrara aldeia de onde veio, os lugares onde acampou e todo o caminho a percorrer, de forma clara e detalhada…

Esse processo, na bruxaria, inclui um CHAMAMENTO, somos alertadas através de percepções diversas, como placas no caminho, que devemos seguir ou não tal e qual lugar… Aí começa realmente o não pertencimento, pois não ha ,verdadeiramente muitos covens sérios e pessoas realmente graduadas no espírito que possam instruir com segurança… mas há muitos ´´new ages´´ tentando convencer que basta querer e pagar que a coisa anda… Exatamente como nos cultos judaico-cristãos… que VERGONHA, heim??? Então, voltamos ao ´´basta ter fé´´ que vira bruxa…

Tradicionalmente, o processo iniciático mínimo demora 1 ano e 1 dia, 1 ano, para percorrer Sabats e Esbats tradicionais com a sacerdotisa e 1 dia para a iniciação propriamente dita (tem gente que faz em dois meses, casos de postulantes gênios ou pior,o conhecimento do tal ´´bruxo´´ acaba em 2 meses…). Mas ha marcos nesse caminho, mais tempo necessário, pois ha SINAIS claros para iniciar o adepto. Não respeitar isso é desrespeitar o próprio aprendizado. Esses sinais acontecem no decurso da instrução propriamente dita. São avisos claros para a mestra experiente que o aluno começa a chegar a seu próprio conhecimento, e não citaremos os ´´marcos´´ ou sinais porque não instruímos ´´trouxas´´, ok???

Ao longo do processo de instrução, o adepto invariavelmente se modifica interna e as vezes externamente, e aqueles que buscavam apenas uma adequação a vida, ou uma cura através do entendimento de questões internas, deixam o curso precocemente,mas nunca de mãos vazias, nunca se sentindo abandonados. Receberam o que desejavam e compreenderam que era ´´aquilo´´ e não uma iniciação que buscavam… Muitas vezes descobrem através de nossas ´´ferramentas´´, qual o melhor caminho espiritual a seguir… e saem do curso satisfeitos, pois poucos são parte do enredo do espírito para as funções da bruxas.

O processo iniciático, quando cumprido, marcará para sempre a existência daquele ser, pois sua vibração mudará, a corte de espíritos que o acompanha mudará, e frequentemente empregos e amigos também serão atingidos.. Seu relacionamento com

a vida será profundamente e as vezes dolorosamente tocado. Por isso são poucos que seguem essa rota, pois ela, as vezes inclui tantas correções que o adepto não suporta realiza-las. Essas correções não são absolutamente doutrinárias nem visam uma purificação material, mas são mudanças profundas que devem ocorrer a partir do saber de si mesmo, elas vem da alma, por isso são irresistíveis e verdadeiras. E, a partir disso, não haverá retorno para a bruxa… Será sempre bruxa, possivelmente através das encarnações, reforçando uma linhagem que muitas vezes não sabia que existia… A bruxaria muda TUDO, tudo transforma, tudo toca. Não ha como fazer meia iniciação, não ha vantagens e nem “salvações´´, nem garantias…

Uma vez ciente dos segredos, a bruxa os respeitará e guardará para si zelosamente, sendo ela mesma ´´porteira e zeladora´´ do que professa, cuidando para não estimular nem desestimular os adeptos, mas os treinando e ouvindo para guia-los,pois também nesse ofício de ensinar não encontramos a rotina, pois cada aluno tem uma história de existência diferente, que na bruxaria e respeitada. Isso faz muita diferença… Não somos a semelhança de ninguém… Mas somos a semelhança de nós mesmas e a isso buscamos. O adepto toca, então, sua própria verdade, e a respeito disso que falamos o tempo inteiro.

Não temos portanto, diferente de ´religiões´´, um padrão a ser enquadrado, algo parecido com o próprio mestre, mas cada uma é cria de si mesma… Nada é retirado, mas muito do próprio aluno é acrescentado, dentro de sua percepção.

Não ha uma evolução graduada ou em ´´escadas para um encontro com a divindade em uma possível ´´transformação´´. Partimos da premissa que o ser está pronto e vivo, nunca se ´´desligou´´ da fonte, então não ´´ligamos´´ nada, mas mostramos onde e como perceber seu vínculo consigo mesmo, com seu próprio espírito. E, uma vez verdadeiramente iniciado, é aceito em uma ´´tavola redonda´´, não ha hierarquia… mas, há especializações. Algumas bruxas podem saber mais sobre ervas, outras são especialistas em banimentos, outras se comunicam facilmente com animais e assim por diante. Mas, somos todas iguais em direção, uma complementando os dons da outra….para o bem maior desejado por todos! Para trazer o dom da vida plena, para trazer a todos o coração alegre e leve. Não ha, portanto duas bruxas iguais, pois as histórias de almas são diferentes, os dons concedidos ao longo da historia pessoal de cada uma na terra e fora dela são diferentes e, a forma de lidar com desafios de forma mais ou menos branda é diferente para cada uma. Esses contrastes são muito bonitos em um coven e durante a instrução já levam a um treinamento muito proveitoso e leve entre nós, uma portanto, potencializando a outra, e a mestra funcionando apenas como moderadora mais experiente. Isso cria vínculos mútuos fortes e gera segurança, uma vez que essas coisas são vividas pelos alunos e não lidas em ´´letra morta´´ .

Uma vez construída a ponte sutil entre o adepto e sua ´´fonte´´, a iniciação propriamente dita pode acontecer, pois ela ja ocorreu a nível mais sutil, então, apenas ´´cumprimos´´ o destino do ser dentro de sua vocação verdadeira e manifesta.

Levando sempre em conta o ´´VERDADEIRA“ e “MANIFESTA“, pois só existe o que se manifesta,e em se manifestando, pertence a verdade. Esse é o crivo iniciático. Não ha comunicação através de influenciação, possessão ou intrusão.

A sintonia não se afina com aquela de desencarnados humanos, e o processo de ´´incorporação´´ como socialmente entendido não deve acontecer em um coven. O uso de substancias alucinógenos ou musicas hipnóticas também não são usados.

Os métodos de ´´apuração dos sentidos´´ e a linguagem com o plano sutil seguem outra linha, que não é a linearidade no tempo através de palavras, essas com múltiplos sentidos e informações mais atrapalham do que auxiliam.E, temos como exemplo disso

os desgastes ao longo do tempo dos velhos textos religiosos que são usados como ´´norteadores´´ para os sacerdotes de outras vertentes.

Finalmente, em síntese, a iniciação na bruxaria passa pelo autoconhecimento, pela adequação da vida, pelo refazimento do contato consigo mesma e com o plano sutil, pelo desenvolvimento de dons latentes e, finalmente, pelo assumir responsabilidades plenamente na presente existência, cumprindo rigorosamente compromissos assumidos alem da carne, através do exercício dos dons, de forma a construir e manter obra interna própria com que esse ser foi contemplado ao vir a terra amar e servir, em situação sempre de maior carga, pois ao iniciado é dado a verdade, e a ela o iniciado deve honrar. Assim é a verdade, assim é feito e cumprido, essa é a tradição.

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